Olá crianças do 2º ano!
Para provar que eu não pedi nada impossível, lá vai um textinho meu (postado no meu outro blog desativado, coitado):
A Carteira
Este dia de hoje não prometia sair muito dos eixos. Afinal, seria apenas o stress cotidiano: acorda cedo, apronta café, acorda menino, toma banho, grita com o menino, descobre que está atrasada, grita mais...
.
O primeiro estágio do dia concluído: o menino chega atrasado na escola, os sapatos trocados, sem lanche na bolsa e eu com "cara de tacho" me desculpando com a coordenadora.
.
Volta pra casa, pega o sobrinho e leva pra psicóloga, sem atrasos desta vez (ufa, consegui!!!) 45 min. tendo que ouvir de Ana Maria Braga 1001 idéias criativas de como enriquecer trabalhando em casa. Pego a pintura de tinta que meu sobrinho fez (vai melar tudo, Deus...). Vou arrastando-o pelo centro até a central da UNE, pegar minha carteira de estudante.
- Apresente o canhoto.
- Como? Sim...
.
Procura, procura, procura...
- Perdi. Mas pode pegar assim mesmo, não?
Puxão na blusa: "Tia, tô com fome..."
- Pode, mas vai demorar um pouco. Tem que procurar dia por dia.
Novo Puxão: "Tia, tô cansado..."
Espera, espera, espera.
.
O sobrinho reclama, o calor tá de rachar, a sede apertando, a dor nos pés. E nada. A funcionária perdida entre pilhas e pilhas de carteiras e nada. O relógio avançando, chegando a hora de pegar o menino na escola, deixar o outro. Nada. Finalmente o alívio no rosto de funcionária:
- É esta?
.
Era. Mal acreditei. Toda espera e sofrimento heroicamente suportados valeram a pena. Peguei a carteira e fui saindo. Olhando meu objeto de desejo.
Estava errada.
0 comentários:
Postar um comentário