28 de agosto de 2009

Peter Bruegel, o Velho

Olá Crianças!
Aí vai para vocês um pintor que é um de meus preferidos, Pieter Bruegel (1525/30-1569).

Nos Países Baixos da época de Peter Bruegel a Reforma Protestante estava a todo vapor e as guerras religiosas que ali aconteceram levaram a região a buscar independência em relação ao domínio espanhol. A região conquistou sua independência em 1648, propiciando o desenvolvimento de sua cultura burguesa e protestante. Bruegel é apontado como o primeiro artista do Maneirismo naquela região e chegou a ser comparado com Tintoretto, pois compartilhava com o mestre veneziano uma visão cósmica do mundo com a diferença de não costumar tratar temas bíblicos em suas obras. O misticismo é um elemento essencial no trabalho de Bruegel, mas se mostra em elementos naturais comuns como árvores, montanhas, pássaros, e nuvens. Pelo caráter, ao mesmo tempo, trivial e inquietante das figuras por ele representadas, sua obra é de um simbolismo bastante aberto e mantém sua densidade poética até os dias de hoje.

Diferente de seus contemporâneos Tintoretto e El Greco, Bruegel não distorcia as figuras, mantendo as proporções e relações espaciais de herança naturalista. Mas ele vai além do Naturalismo, chegando a um Realismo. Suas imagens não mostram nem bravura, nem sutileza em suas colocações, transparecem uma visão crítica e reveladora acerca do homem, do mundo e da sociedade de sua época. Ele retratou a vida como uma mistura e riso e dor, dos excessos do prazer às desgraças sociais.

Tanto em Bruegel como em Bosch, seu antecessor do Gótico Tardio, há uma oscilação entre as tradições do Gótico, na utilização de símbolos e convenções, e as inovações da pintura flamenga do século XV, baseadas em observações do homem e da natureza. A influência de Bosch em Bruegel se mostra na ironia da linguagem grotesca e nos seres estranhos representados: monstros, híbridos de peixes, répteis, anfíbios que habitam diversas de suas obras - como podemos conferir nas obras A queda dos anjos e O triunfo da morte. Ou seja, a iconografia de ambos é semelhante, porém, enquanto Bosch se destaca pelo aspecto fantástico dos mundos que criou, Bruegel enfocou as contradições do homem em sociedade - como podemos ver na obra Misantropo.
Texto retirado de: Casthalia
A Queda dos anjos

O triunfo da Morte

1 comentários:

Anônimo disse...

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