O enredo é o “o quê” da narrativa. Basicamente, ele descreve os acontecimentos da estória – sem eles, não há possibilidades de narrar qualquer coisa.
Agora perceba: quem vive os acontecimentos (o enredo) são os personagens, em tempos e espaços (quando e onde) determinados pelo narrador. A narrativa, logo, terá que explicar o porquê e tecer os fatos para tornar essa estória agradável.
Voltando ao assunto do enredo, portanto, temos como definição o conjunto de acontecimentos que se sucedem, de maneira ordenada em uma estória, na qual participam os personagens.
O termo enredo também é, geralmente, substituído por “ação”, “trama” ou “intriga”. Independentemente do nome, o enredo será o elemento que dará a sequência a uma história – é em torno dele que todos os acontecimentos de uma narrativa irão se desenvolver.
Um enredo tem uma estrutura dividida em três partes principais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Respectivamente falando, essas partes correspondem ao início, meio e fim da estória que está sendo narrada.
Para que ocorra uma boa organização das partes de um enredo, é interessante que exista um “gerador de tensão”, chamado de conflito, que irá proporcionar o envolvimento da trama e do leitor.
PARTES DO ENREDO
Introdução (pode ser chamada também de apresentação, exposição ou situação inicial). Ela é a parte do enredo em que o leitor é situado na narrativa. São apresentados os personagens e os acontecimentos até o momento em que a estória tem início, assim como a situação presente no momento em que a narrativa começa.
Na grande parte das vezes, a introdução engloba a apresentação do espaço e o período de tempo em que a estória se passa. Dependendo do tipo de narrativa, por exemplo, de um conto tradicional, a introdução é muito curta.
Desenvolvimento (ou chamado também de complicação) é a parte do enredo em que a estória vai tomando forma e é vista como a parte mais extensa, pois é durante o desenvolvimento que o conflito (ou conflitos) acontece para ir em direção a uma resolução.
Conclusão, pelo nome já se imagina, é a parte do enredo na qual haverá a solução do conflito. Ao final, o leitor se depara com a mensagem, moral ou essência da obra. Por isso, a conclusão engloba o clímax (momento em que o conflito alcança seu auge) e o desfecho (momento em que há a resolução do conflito e a revelação do destino dos personagens).
O enredo de uma obra envolve a fluência dos acontecimentos – eles irão se transformar sucessivamente de acordo com a ordenação escolhida pelo narrador.
QUAIS OS TIPOS DE ENREDO?
Não é muito comum ocorrer uma classificação para os enredos, mas, por conta de sua estrutura – como explicado acima –, muitos podem dividir um enredo em linear e não linear.
O linear é o tipo de enredo em que o narrador segue a sequência cronológica, organizada daquela maneira detalhada: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Já o enredo não linear não segue essa sequência, deixando o narrador livre para apresentar o seu desfecho ou revelar aos poucos a conclusão ao longo de sua narrativa.
COMO CRIAR UM ENREDO?
Você pode achar que é difícil fazer um bom enredo, mas a verdade é que precisará ter em mente todos os itens necessários para divulgar tudo o que o leitor espera.
O enredo será a disposição artisticamente construída das vivências dos personagens, sendo essencial para a construção literária.
Lembre-se de criar aquele núcleo dramático – o que chamamos de conflito –, afinal, é ele que gerará as ações dos personagens. E é ao redor dele que você poderá cria outros conflitos. O núcleo dramático pode ser individual (quando envolve um ou dois personagens) ou coleto (quando envolve uma classe social ou família, por exemplo).
Dependendo do tom do conflito, o enredo pode se enquadrar em várias categorias, como de mistério, de amor, de aventura, entre outras. Tudo depende de sua criatividade e vontade!
É claro que precisará lembrar que um enredo não aparece somente em um conto ou romance: você pode se deparar com ele em novelas, poemas, histórias em quadrinhos, peças de teatro, músicas, filmes e outras obras artísticas.
Uma narrativa, dependendo do ponto de vista de quem a lê, cria uma diversidade de sentidos, graças aos fatores sociais e pessoais.
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